EDUCAÇÃO E CIDADANIA NAS NARRATIVAS DOCUMENTAIS DE AUTORREPRESENTAÇÃO

Resumo

Este trabalho apoia-se em projeto de pesquisa desenvolvido junto ao Laboratório de Pesquisa e Produção em Audiovisual (Lappa), grupo de pesquisa do curso de Audiovisual da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que investigou a autorrepresentação nos documentários brasileiros a partir de levantamento fílmico das produções documentais brasileiras contemporâneas, construídas com base na ideia de autorrepresentação. Para o presente artigo, propomos uma investigação sobre os campos do cinema documentário e do audiovisual brasileiro contemporâneo, destacando seu papel político no sentido de possibilitar reflexão crítica sobre a realidade social brasileira e visibilizar novas identidades sociais de grupos marcados historicamente pela invisibilidade midiática e por discursos de vitimização ou estereotipados. Sendo assim, colocamos em análise o processo de construção dos filmes de autorrepresentação e suas narrativas coletivas, resultantes de projetos audiovisuais e experiências em escolas e organizações civis, entendendo que essas experiências fortalecem propostas de educação que tenham como foco a cidadania e os direitos humanos. Especificamente, o argumento pretendido será ilustrado a partir da reflexão sobre dois fi lmes, a saber: Corumbiara (2009), de Vincent Carelli, e Luto como mãe (2010), de Luís Carlos Nascimento, visto que ambos constroem-se como produtos audiovisuais a partir de processos compartilhados e permanecem com potencial pedagógico, quando exibidos e discutidos coletivamente.Palavras-chave: Audiovisual. Documentário. Autorrepresentação. Educação.